Posso dizer à boca cheia que tenho tido o privilégio – sim, o privilégio – de trabalhar lado a lado com a Dra. Maria José Nogueira Pinto.
Durante este ano de convivência, apenas quebrado por um breve interregno entre o fim da campanha eleitoral e o início do pelouro na Câmara Municipal de Lisboa, tive oportunidade de testemunhar a dedicação, o empenho introduzido em cada projecto, em cada posição por ela assumida, desde as propostas mais complicadas ao simples atendimento de munícipes.
Fiquei a conhecer a Dra. Maria José Nogueira Pinto melhor, ao ponto de saber, por certo, que dificilmente entra num projecto, seja ele a Maternidade Alfredo da Costa, a Santa Casa da Misericórdia ou a Câmara Municipal de Lisboa, apenas para ficar a “ver as vistas”. Não. A Dra. Maria José Nogueira Pinto quer fazer mexer as coisas, fazer com que deixem a sua inércia. Quer ver as instituições por onde passa evoluírem. Quer “arrumar a casa” e pô-la de novo a brilhar. Não só por ela, mas por todos nós.
Durante este período que acompanhei a Dra. Maria José Nogueira Pinto vi isso mesmo, quer na Habitação Social, quer pelo trabalho depois feito na oposição, quer pelo fantástico Projecto de Reabilitação para a Baixa-Chiado, que tão brilhantemente conduziu em conjunto com os seis magníficos comissários que conseguiu reunir.
A Dra. Maria José Nogueira Pinto tinha uma visão para a Câmara, a que procurou ser fiel. O seu trabalho na autarquia valia realmente a pena para aqueles que realmente interessam: os lisboetas. Talvez por isso tenha sido uma decisão tão dura aquela que tomou, a de sair da Câmara Municipal de Lisboa. Fê-lo por uma questão de honestidade e consciência.
Embora com tristeza, compreendo. Assim como tenho a certeza que todos os que votaram na Dra. Maria José Nogueira Pinto compreenderão. Compreenderão porque conhecem-na e sabem que não poderia ir contra a sua consciência, a sua honestidade. Compreenderão porque sabem que a Dra. Maria José Nogueira Pinto não sairia sem deixar o seu mandato entregue nas mãos mais capazes que conhece, as do Eng. Miguel Anacoreta Correia.
Marlene Marques